sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Iniciativa privada vai assumir o DAE

Vencedor da licitação terá que investir na autarquia

aproximadamente R$ 360 milhões ao longo de 30 anos



 

Arquivo / O Liberal


Prefeitura entende que conceder o DAE à iniciativa privada é o melhor caminho

A prefeita de Sumaré, Cristina Carrara (PSDB), anunciou ontem a concessão do DAE (Departamento de Água e Esgoto) para a iniciativa privada. O contrato, que deve ser assinado em junho, após realização de processo licitatório, deverá ter vigência de 30 anos. A empresa ou consórcio que vencer a licitação terá que investir cerca de R$ 360 milhões ao longo do período. Os investimentos serão definidos por um cronograma da prefeitura, que ainda vai ser elaborado e será norteado Plano Municipal de Saneamento Básico.
Segundo a chefe do Executivo, o governo decidiu pela concessão após constatar que o endividamento da autarquia, na ordem dos R$ 50 milhões, não permitia novos investimentos. "Hoje o DAE não tem capacidade de dar respostas à população no atendimento de água e esgoto", disse a prefeita. 

O presidente do DAE, Valmir Ferreira da Silva, explicou que para cada R$ 1 de dívida, a autarquia tem, atualmente, R$ 0,66 em caixa para quitá-la. Além disso, de acordo com ele, os débitos com os credores estão aumentando em R$ 17 milhões por ano. A dívida do departamento não será absorvida pela empresa vencedora e continuará a ser paga dos cofres públicos. "Com a concessão, no entanto, ficará mais fácil negociar os débitos para quitação a longo prazo", disse Silva.

Cristina afirmou que, entre os investimentos previstos no contrato, estará a construção de três ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto), para cumprimento de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Ministério Público. O acordo com a Promotoria prevê que, até fevereiro de 2015, 100% do esgoto do município deve ser tratado - hoje, sem nenhuma ETE, Sumaré trata somente 14% dos efluentes gerados. "Nós esperamos que, com o contrato de concessão em mãos, nós consigamos renegociar o prazo com o MP", disse a prefeita.

Além da construção das ETEs, a mandatária da cidade também quer, a curto prazo, acabar com o problema da falta de água no município. Ferreira explicou que hoje, por conta da defasagem dos equipamentos do DAE, ligações clandestinas e a falta de reservatórios, os bairros que ficam mais distantes das ETAs (Estações de Tratamento de Água) demoram para receber, e muitas vezes não recebem, a água. "Os bairros que ficam mais próximos pegam a água e os mais distantes, ou mais altos, acabam sendo prejudicados", comentou.

A prefeita também anunciou ontem que dará andamento nas obras do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), com investimento de R$ 20,7 milhões na compra de três bombas, construção de três quilômetros de novas adutoras e troca de hidrômetros velhos, entre outros. 

EFEITOS. Os atuais 290 funcionários concursados e 106 comissionados do DAE devem ser absorvidos pela Prefeitura após a concessão. No caso dos concursados eles obrigatoriamente precisam ser recolocados. Já os de livre nomeação não possuem garantias. Os funcionários também poderão trabalhar para a empresa vencedora da licitação, caso optem pela exoneração do cargo público. 

Segundo Silva, o contrato de concessão será promulgado por meio de uma ato administrativo e não necessitará de aprovação da Câmara. Ele afirmou que Cristina pedirá "aval legislativo", por meio de uma reunião com os vereadores para conhecer o projeto. No dia de ontem, 13 parlamentares estiveram reunidos para conhecer o projeto. O processo ainda precisará de aval do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e passará por audiência pública.

domingo, 9 de junho de 2013

Políticos, cupins e outras pragas
* Ricardo Barbieri

Feito nas coxas é uma expressão genuinamente brasileira.
Sua origem está no Brasil Colônia quando, as telhas de barro que cobriam as casas eram moldadas nas coxas dos escravos. Como eram pessoas diferentes, as telhas tinham formatos diferente. Obviamente o telhado ficava irregular.
Quando alguém perguntava o motivo da imperfeição, a resposta vinha como: “é porque foi feito nas coxas…”
Nossos governantes, como são tradicionalistas, além de corruptos (ou até por este motivo) patrocinam obras publicas precárias, como, por exemplo, os estádios para a Copa do Mundo que andam mambembes, com vazamentos e mal acabados. E assim será para as arenas Olímpicas. Afinal, é parte de nossas tradições fazer as coisas nas coxas.
Portanto, não adianta dar chilique e sair mandando segurança segurar (sic) os críticos para dar-lhes uns bofetões. Porque isso não resolve, não absolve, nem limpa a ficha de político mal-caráter.
Simpatia é quase amor; nome de bloco. Simpatia é fingimento; perfil de político. Se bem que tem os antipáticos também. Tem governante que não faz a menor questão de parecer simpático. Diz que não deve satisfações a ninguém e que se dane o povo. Afinal, sabe que outra de nossas tradições é memória fraca. Na hora de votar, o povo vai em nome que soa familiar. Mesmo que seja porque o cara só vive metido em escândalos com empreiteiras.
Depois do terrível incêndio pelas bandas de Caxias, um grupelho de pragas se reuniu para, na frente da TV, apontar o dedo um para o outro. Não sem antes deixar claro (claríssimo) que as pessoas que se virem. Eles é que não assumirão nenhuma despesa com esse povo.
Político canalha é mesmo uma praga por estas banda latino americanas de língua portuguesa.
Uma coisa curiosa. Outro dia, ao consultar uma empresa de eliminação de pragas, recebi a orientação de que seria preciso reconhecer o tipo de cupim.
Isso me fez pensar. Uma empresa de eliminação de pragas que atendesse ao Congresso precisaria saber que tipo de político existe por lá, desenvolver um inseticida eficiente que eliminasse as pragas completamente senão daria cria e os filhotes dos insetos, sabemos, são mais resistentes que os progenitores.
A solução é a prevenção. A assepsia na cabeça do eleitor é o caminho. Essa assepsia é feita com educação para a cidadania, incentivo ao senso crítico e debates públicos.
E não me venham colocar uns caras para censurar redes sociais. É, porque agora, na rede, babaca recebe o nome de “moderador”. E esses pregos proíbem tudo. Não pode falar, não pode contar, não pode rir. Tudo é proibido menos puxar o saco. Um mundo de puxa-saco deve ser desesperador. É a desesperança transviada em alienação.
Também não venham colocar a tropa de choque nas ruas para calar aqueles que expressam o livre pensar com spray de pimenta, teaser e cacetete. Um mundo de brucutus é a volta ao planeta dos macacos (o filme).
O pior de tudo é que todo mundo aceita essa canalha “numa boa”. Vai entender…

* Ricardo Barbieri é engenheiro, empresário, compositor e comentarista de Carnaval.”

terça-feira, 9 de abril de 2013

Brasileiro é um povo solidário
Mentira - Brasileiro é babaca
Foto: É O TEXTO QUE MUITA GENTE TINHA Q LER!!!


- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca. 
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; 
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; 
...Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. .. 
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. 
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. 
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. 
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo. 
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. 
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira..

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático.. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. 
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar. 

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. 
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto.... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro.
Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar.

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira. 
Para finalizar tiro minha conclusão: 


O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

Fontes: http://pensador.uol.com.br/frase/NjkyMTYz/

http://www.jornaldedebates.ig.com.br/index.aspx?cnt_id=15&art_id=3601

http://www.culturabrasil.org/brasileironaoesolidario.htm

http://revistaintolerante.blogspot.com.br/2009/03/arnaldo-jabor-brasileiro-e-um-povo.html
Arnaldo Jabor
* Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade... Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
* Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.
Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.
* Brasileiro é um povo trabalhador.
Mentira. Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
* Brasileiro é um povo honesto.
Mentira. - Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. 
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.
* 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora.
Mentira. -Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.
* O Brasil é um pais democrático.
Mentira. Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.
Democracia isso? Pense! O famoso jeitinho brasileiro. Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto...malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa...
* O Brasil é o país do futuro. Caramba, meu avô dizia isso em 1950.
Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro!? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.
* Deus é brasileiro. Puxa, essa eu não vou nem comentar...
O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão: O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce! Só falta boa vontade,será que é tão difícil assim?

sábado, 6 de abril de 2013

A náusea
* Arnaldo Jabor

O grande Cole Porter tem uma letra de música que diz: "Conflicting questions rise around my brain/ Should I order cyanide or order champagne?" ("Questões conflitantes rondam minha cabeça/ devo pedir cianureto ou champanha?")
Sinto-me assim, como articulista. Para que escrever? Nada adianta, nada.
E como meu trabalho é ver o mal do mundo, um dia a depressão bate.
A náusea - não a do Sartre, mas a minha. Não aguento mais ver a cara do Lula, o homem que não sabe de nada, talvez nem conheça a Rosemary, não aguento mais ver o Sarney mandando no País, transformando-nos num grande "Maranhão", com o PT no bolso do jaquetão de teflon, enquanto comunistas e fascistas discutem para ver quem é mais de "esquerda" ou de "direita", com o Estado loteado por pelegos sem emprego, não suporto a dúvida impotente dos tucanos sem projeto; não dá mais para ouvir quantos campos de futebol foram destruídos por mês nas queimadas da Amazônia, enquanto ecochatos correm nus na Europa, fazendo ridículos protestos contra o efeito estufa; não aguento mais contar quantos foram assassinados por dia, com secretários de segurança falando em "forças-tarefas" diante de presídios que nem conseguem bloquear celulares, não suporto a polêmica nacionalismo-pelego x liberalismo tucano, tenho enjoo de vagabundos inúteis falando em "utopias", bispos dizendo bobagens sobre economia, acadêmicos decepcionados com os 'cumpanheiros' sindicalistas, mas secretamente fiéis à velha esquerda, que só pensa em acabar com a mídia livre, tremo ao ver a República tratada no passado, nostalgias masoquistas de tortura, indenizações para moleques, heranças malditas, ossadas do Araguaia e nenhuma reforma no Estado paralítico e patrimonialista, não tolero mais a falta de imaginação ideológica dos homens de bem, comparada com a imaginação dos canalhas, o que nos leva à retórica de impossibilidades como nosso destino fatal e vejo que a única coisa que acontece é que não acontece nada, apesar dos bilhões em propaganda para acharmos que algo acontece. Odeio a dúvida de Dilma, querendo fazer uma política modernizante, mas batendo cabeça para o PT, esse partido peronista de direita.
Não aturo a dúvida ridícula que assola a reflexão política: paralisia x voluntarismo, processo x solução, continuidade x ruptura; deprimo quando vejo a militância dos ignorantes, a burrice com fome de sentido, balas perdidas sempre acertando em crianças, imagens do Rio São Francisco com obras paradas e secas sem fim, o trem-bala de bilhões atropelando escolas e hospitais falidos, filas de doentes no SUS, caixas de banco abertas à dinamite, declarações de pobres conformados com sua desgraça na TV; tenho engulhos ao ver a mísera liberdade como produto de mercado, êxtases volúveis de 'descolados' dentro de um chiqueirinho de irrelevâncias, buscando ideais como a bunda perfeita, bundas ambiciosas querendo subir na vida, bundas com vida própria, mais importantes que suas donas, odeio recordes sexuais, próteses de silicone, pênis voadores, sucesso sem trabalho, a troca do mérito pela fama, não suporto mais anúncio de cerveja com louras burras, abomino mulheres divididas entre a 'piranhagem' e a 'peruice', repugnam-me os sorrisos luminosos de celebridades bregas, passos de ganso de manequim, notícias sobre quem come quem, horroriza-me sermos um bando de patetas de consumo, rebolando em shoppings assaltados, enquanto os homens-bomba explodem no Oriente e Ocidente, desovando cadáveres na Palestina e em Ramos, ônibus em fogo no Jacarezinho e Heliópolis, a cara dos boçais do Hamas querendo jogar Israel no mar e o repulsivo Bibi invadindo a Cisjordânia, o assassino pescoçudo Assad eliminando o próprio povo, enquanto formigueiros de fiéis bárbaros no Islã recitam o Alcorão com os rabos para cima, xiitas sangrando, sunitas chorando, tudo no tão mal começado século 21, século 8.º para eles ainda, não aguento ver que a pior violência é nosso convívio cético com a violência, o mal banalizado e o bem como um charme burguês, não quero mais ouvir falar de "globalização", enquanto meninos miseráveis fazem malabarismo nos sinais de trânsito, cariocas de porre falam de política e paulistas de porre falam de mercado, museus pós-modernos em forma de retorcidos bombardeios em vez da leveza perdida de Niemeyer, espaços culturais sem arte nenhuma para botar dentro, a não ser sinistras instalações com sangue de porco ou latinhas de cocô de picaretas vestidos de "contemporâneos", não aguento chuvas em São Paulo e desabamentos no Rio, enquanto a Igreja Universal constrói templos de mármore com dinheiro arrancado dos ignorantes sem pagar Imposto de Renda, festas de celebridades com cascata de camarão, matéria paga com casais em bodas de prata, políticos se defendendo de roubalheira falando em "honra ilibada", conselhos de ética formado por ladrões, suplentes cabeludos e suplentes carecas ocultando os crimes, anúncios de celulares que fazem de tudo, até "boquete"; dá-me repulsa ver mulheres-bomba tirando foto com os filhinhos antes de explodir e subir aos céus dos imbecis, odeio o prazer suicida com que falamos sem agir sobre o derretimento das calotas polares, polêmicas sobre casamento gay, racismo pedindo leis contra o racismo, odeio a pedofilia perdoada na Igreja, vomito ao ver aquele rato do Irã falando que não houve Holocausto, cercados pelas caras barbudas da boçal sabedoria de aiatolás, repugnam-me as bochechas da Cristina Kirchner destruindo a Argentina, a barriga fascista do Chávez, Maluf negando nossa existência, eternamente impune, confrange-me o papa rezando contra a violência com seus olhinhos violentos, não suporto Cúpulas do G20 lamentando a miséria para nada, tenho medo de tudo, inclusive da minha renitente depressão, estou de saco cheio de mim mesmo, desta minha esperançazinha démodé e iluminista de articulista do "bem", impotente diante do cinismo vencedor de criminosos políticos.
Daí, faço minha a dúvida de Cole Porter: devo pedir ao garçom uma pílula de cianureto ou uma "flute" de champagne rosé?